segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Pedofilia da Libertação: um caso real


Leio que há gente "torcendo" para que o próximo papa de uma seita católica muito popular seja "progressista" e não "conservador". Católicos progressistas (termos absolutamente contraditórios) entraram na moda nos anos 60, particularmente quando conseguiram eleger João 23, um papa que ficou pouco tempo no trono, só uns poucos anos. As teses dessa gente foram reunidas por aqui sob a alcunha de "Teologia da Libertação", outra dupla de termos que juntos não fazem o menor sentido. No Brasil o principal nome era dom Helder Câmara, na parada de Recife, e um tal de Boff, por favor não me obriguem a fazer piada sobre o nome de nenhum dos dois.
A ala progressista da igreja foi responsável por vários feitos importantíssimos para nosso cotidiano. No Brasil, o principal deles foi fazer as missas serem ministradas em português e não em latim. Houve também a deduragem que resultou no assassinato de Mariguela, pois os progressistas não parecem ter sido tão resilientes à tortura quanto seu personagem preferido, Jesus. Em vez de oferecer a outra face aos torturadores, preferiram entregar onde seria o encontro com o líder da ALN, naquela esquina da alameda Casa Branca. Um preso da época, que tem dois "T" no nome artístico, nega qualquer possibilidade de deduragem. Teria sido tudo obra da prestidigitação do delegado Fleury.
Depois de João 23, a ala progressista não conseguiu emplacar mais nenhum papa. Manteve um arcebispo aqui, outro ali, mas nada de muito relevante.

De maneira ativa, fui à igreja só três vezes na minha vida: quando fui batizado, com poucos dias de vida; na primeira comunhão, aos seis anos, e na missa de sétimo dia da morte do meu pai. Nessa ocasião, eu já era ateu mas ainda não tinha certeza.
Infelizmente eu não me lembro do nome dele, o pedófilo. Mas, como eu tinha só oito anos, vocês vão relevar.
Em outubro de 1965, meu pai foi assassinado pelo carro oficial do presidente da Câmara Federal, Bilac Pinto. Meu pai era jornalista e na época, aos 38 anos, dirigia o Diário Carioca, no Rio de Janeiro. Às duas da manhã, saiu do jornal e, ao atravessar a avenida Rio Branco, foi atropelado duas vezes pelo mesmo carro e morreu depois de algumas horas, no hospital.
Meu pai, um sujeito de esquerda mas não vinculado a nenhum partido ou organização, havia dirigido até março de 1964 um tabloide chamado Brasil Urgente, semanário de esquerda financiado fartamente pelos frades dominicanos, que representavam a tropa de elite da Teologia da Libertação no Brasil. Frei Carlos Josaphat (que está vivo até hoje, diz o site, e aparece em fotos da minha família, atento às crianças) era o líder. Mas outros freis ficaram famosos, como o frei Tito (que deu aula na escola onde estudei e depois de torturado resolveu se enforcar em Paris) e o atual frei Betto.

Vamos aos fatos: os palavrões falados no ouvido de um frei progressista, a pedido

Uma semana após a morte do meu pai, fomos levados, todos da família, à sede dos dominicanos em São Paulo, no bairro de Perdizes, para uma concorrida missa de sétimo dia.
Logo percebi que não se tratava de uma missa normal, mas sim uma missa típica da Teologia da Libertação. Os três filhos meninos do morto (as filhas fêmeas foram pra outro lugar, não sei qual) fomos levados a uma sala onde um frade nos explicou algo assim: "Vamos fazer a confissão. Mas a confissão mudou, não é mais ajoelhado na frente daquela janelinha. Vamos apenas conversar, nós quatro, sobre os pecados de vocês".
Achei aquilo muito esquisito. Dois anos antes, no cursinho para a primeira comunhão, tinha aprendido até a decorar pecados de uma lista que havia na lousa, associando cada pecado a um dedinho, para não esquecer nenhum na hora H. Agora aparecia aquele sujeito falando em "confissão coletiva".
Constrangidos, começamos a balbuciar vagamente pecados como brigar, desobedecer a mamãe etc. Tentamos evitar o assunto, mas o frade foi preciso:
"Meus meninos, vocês falam palavrão?"
Olhamos uns para os outros, mais constrangidos ainda. Provavelmente o mais velho deve ter respondido:
"É... falamos."
Então veio a pergunta, de chofre:
"E quais palavrões vocês falam?"
Era demais. Sem combinar nada, apenas ficamos mudos. Onde já se viu? Falar palavrões para um padre, ainda mais na frente uns dos outros? Mas o frade era experiente com as revolucionárias novas práticas da Teologia da Libertação:
"Entendo, vocês devem estar com vergonha. Então vamos fazer o seguinte: vocês três vão até aquele canto da sala, eu chamo um por um e vocês falam os palavrões aqui, no meu ouvido. Ninguém vai ouvir, só eu."

Fim dos fatos

Mecanismos de memória identificados por Freud me impedem de lembrar o que aconteceu a seguir. Não me lembro que palavrões eu falei no ouvido do frade, se ele encostou em mim, se me fez sentar no seu colo, se segurou minha mão enquanto ouvia, se respirava fundo, ofegante e gemendo de prazer.
Só tenho certeza do nome disso: pedofilia.
Torçam, idiotas, por um canalha progressista nessa idiotia tão disseminada e vitoriosa. Fico só imaginando que progresso virá.
Canalha por canalha, que tal um canalha sincero?

2 comentários:

Unknown disse...

Faltou mencionar o restaurante Cabeça Chata...

Beto Melo disse...

Oi, Unknonw,
No restaurante Cabeça-Chata não entravam pedófilos. Só ladrões... rsrsrsrs